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Outra vez os médicos!...

 

          1.- A actual polémica sobre o corte de verbas nas prevenções dos serviços de urgência do Hospital do Divino Espírito Santo, resume-se, mesmo que alguém não o queiram admitir, a um corte nos salários dos médicos.
Quem, como eu, já esperou deitado numa maca do hospital de Ponta Delgada, horas e horas, pela chegada do médico de serviço que  dava consultas na privada, sabe que o que está por detrás da  “crescente contestação” médica é só uma redução salarial e não a melhoria na prestação de serviços.
Muitos utentes podem atestar, se para tal fossem ouvidos pelos “media”, o que raramente acontece, quanto tempo passaram nas urgências esperando a chegada de médicos especialistas. E podiam relatar o embaraço dos clínicos da urgência que, face à impaciência dos doentes, telefonavam aos colegas ausentes perguntando-lhes o que fazer.
Os utentes avaliam os médicos e sabem, perfeitamente, quem cumpre a sua profissão com dedicação, zelo e competência.
Não acredito que a administração do Hospital e a tutela pretendam diminuir a qualidade dos serviços prestados. Querem sim, e bem!, reduzir despesas salariais com médicos cuja presença se não justifica, durante 24 horas por dia.
Urge, pois, que a classe médica e os seus orgãos de classe, tenham a sensatez de não extremar posições, o que os utentes muito criticariam. Trata-se de uma classe privilegiada, estatuto que não lhe dá o direito de, por uma questão menor, afectar a saúde e bem-estar das populações.

          2.- A moralização da administração pública não deve ficar pelas despesas com a saúde. Tem de abranger outros serviços do Estado, da Região e das Autarquias. Há muitas despesas supérfluas ou desnecessárias que deviam ser cortadas. A começar pelos titulares de cargos políticos – governantes, deputados, autarcas, administradores de empresas públicas - de quem o povo soberano espera exemplos que constituam referenciais positivos na administração dos dinheiros de todos.
E há tanto onde cortar: nos gastos com as viaturas e combustíveis, com equipamentos, material de escritório, mobiliário, com arrendamento de edifícios públicos, etc.
As administrações públicas: nacional, regional e autárquica, tem de fazer um esforço urgente para reduzir a burocracia e, recorrendo às novas tecnologias da informação, simplificar processos e torná-los mais acessíveis aos cidadãos.
Nesta área a Região deverá ser exemplo de descentralização e inovação administrativa, potencializando as lojas da RIAC. Importa que os serviços de saúde e segurança social, bem como os das autarquias, das empresas públicas e até privadas, adiram a este projecto. Ganham os serviços que agilizam processos lentos e caros e os cidadãos que evitam gastos desnecessários em deslocações devido à distância das repartições.

          3.- A decisão governamental de criar no próximo orçamento regional uma remuneração compensatória para funcionários públicos com vencimentos entre os 1.500 e os 2.000 euros visa impedir que alguns quadros da administração não sejam atingidos pelos cortes salariais previstos no próximo Orçamento de Estado.
É certo que os residentes nos Açores beneficiam já de percentagens mais baixas de IRS, IRC, IVA, ou do complemento regional de pensões e do complemento ao abono de família, tudo ao abrigo do Estatuto Político-Administrativo. 
Importa, porém, ir mais longe afirmando que temos orgãos de Governo próprio, preocupados com a retenção e regresso de quadros técnicos de que a Região tanto necessita.
Este é um tempo de inovar, também nos sectores de actividade para que temos mais apetências: agricultura, pesca e turismo.
Cabe ao Governo, às instituições representativas do empresariado, à Universidade e aos cidadãos em geral, desenvolverem novos projectos que abram novas e consistentes perspectivas a esta Região.
Se o não fizermos, ninguém o fará por nós.

 

 

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